sábado, 2 de março de 2013

Cinco escadas inspiradoras


Elas costumam ocupar menos espaço do que escadas de alvenaria ou de concreto e interferem menos na circulação. Com degraus vazados ou feitos de chapas dobradas, formam desenhos limpos, delgados e contínuos. Mas, ainda que possam ser projetadas com muita liberdade, devem obedecer aos cálculos de geometria dos degraus. Eles levam em conta o desnível entre os pavimentos, a profundidade mínima das pisadas e a altura máxima do espelho. “As dimensões, estabelecidas pelo código de obras de cada município, variam pouco. Em São Paulo, elas são de 25 e 19 cm, respectivamente”, informa Adriana Camargo de Brito, arquiteta do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).


Moldada por um ferreiro, esta escada de três lances apoia-se num tubo central, fixo em três pontos, "que são a viga do andar superior, a parede e o piso de concreto do térreo", explica o arquiteto paraguaio Javier Corvalan, autor desta casa perto de Assunção. Chapas dobradas constituem degraus de 110 x 17 cm, espelhos e patamares. Tirantes tubulares verticais estabilizam o conjunto.
Nesta cobertura, o modelo escolhido pela arquiteta paulista Bia Prado para vencer o desnível de 2,88 m entre os dois pavimentos não atrapalha a circulação na área social. Ela optou por uma viga de ferro pintada de branco fosco (Suvinil), na qual estão presas as pisadas revestidas de cumaru (80 x 27 cm). A sustentação fica a cargo dos dois primeiros degraus, chumbados ao piso, e aos três últimos, fixos na laje. Trabalho da TS Construtora.
Assinada pelos arquitetos paulistas Marco Donini e Francisco Zelesnikar, esta escada vence uma altura de 3,17 m por meio de 18 degraus de 90 x 27 cm (largura central), formados por um sanduíche de chapas metálicas revestidas de perobinha. Três chapas de aço perfuradas cobertas com pintura eletrostática intercalam as barras verticais de sustentação e formam o guarda-corpo. O corrimão é uma peça contínua de acrílico. Trabalho da Qualitinox.


Bem no centro de um dúplex, esta escada é composta de quatro chapas de aço dobradas. "Cada uma, com degraus e espelhos de 18 cm, foi soldada à seguinte para alcançar o desnível de 2,88 m", explica o arquiteto paulista Valério Pietraroia. O conjunto é sustentado por cabos de aço presos à laje e apoiado em dobradiças parafusadas na parede. Cálculo estrutural da engenheira Heloisa Maringoni e execução do serralheiro Pedro Zuccolini

Ao somar um pavimento a esta casa, o arquiteto Marcelo Ferraz, do escritório paulista Brasil Arquitetura, precisou criar uma escada. "Queria algo que causasse surpresa", conta. A peça de dois lances idênticos emprega chapas de aço corten maciço e pisadas de ipê (123 x 32 cm) tratadas com resina. O patamar inferior é fixo por meio de uma placa de aço na parede e o superior, por mão-francesa presa à viga que sustenta o mezanino. Um tubo contínuo de aço corten funciona como corrimão. Execução do serralheiro Janos Biezok
 
<tudocivil.blogspot.com>
Por Deborah Apsan (visual) e Letícia de Almeida Alves (texto)
Design: Renata Rise
Fotos: Eduardo Pozella



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